HEXAVALENTE E PENTAVALENTE ACELULARES
- Vacina quíntupla acelular (DTPa-VIP/Hib) — também conhecida como “penta”, inclui a tríplice bacteriana acelular (DTPa), a poliomielite inativada (VIP) e a Haemophilus influenzae tipo b (Hib).
- Vacina sêxtupla acelular (DTPa-VIP-HB/Hib) — também conhecida como “hexa”, inclui a tríplice bacteriana acelular (DTPa), a poliomielite inativada (VIP), a hepatite B (HB) e a Haemophilus influenzae tipo b (Hib).
O que previne:
- DTPa-VIP/Hib: difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo b e poliomielite.
- DTPa-VIP-HB/Hib: difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B.
Do que é feita:
Tratam-se de vacinas inativadas, portanto, não têm como causar doença.
DTPa-VIP/Hib: Além dos componentes da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa), contém componente da bactéria Haemophilus influenzae tipo b conjugado e vírus inativados (mortos) da poliomielite tipos 1, 2 e 3. A composição inclui ainda: lactose, cloreto de sódio, 2-fenoxietanol, hidróxido de alumínio e água para injeção. Pode conter traços de antibiótico (estreptomicina, neomicina e polimixina B), formaldeído e soroalbumina de origem bovina.
DTPa-VIP-HB/Hib: Além dos componentes da vacina tríplice bacteriana acelular (), contém componente da bactéria Haemophilus influenzae tipo b conjugado, vírus inativados (mortos) da poliomielite tipos 1, 2 e 3 e componente da superfície do vírus da hepatite B. A composição inclui ainda: lactose, cloreto de sódio, 2-fenoxietanol, hidróxido de alumínio e água para injeção. Pode conter traços de antibiótico (estreptomicina, neomicina e polimixina B), formaldeído e soroalbumina de origem bovina.
Indicação:
As duas vacinas são recomendadas para crianças a partir de 2 meses de idade e podem ser aplicadas até os 7 anos, sempre que seja indicada cada uma das vacinas incluídas nessas combinações.
Contraindicações:
- Maiores de 7 anos.
- Crianças que apresentaram encefalopatia nos sete dias seguintes à aplicação anterior de vacina contendo componente pertussis.
- Anafilaxia a qualquer componente da vacina.
Esquema de doses:
Para a vacinação rotineira de crianças (aos 2, 4, 6 meses e entre 12 e 18 meses), preferir o uso da vacina quíntupla (penta) ou sêxtupla (hexa). Veja DTPa-VIP/Hib ou DTPa-VIP-HB/Hib. Para reforço entre 4 e 5 anos de idade, recomenda-se o uso de DTPa ou dTpa-VIP.
Via de aplicação:
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
- Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
- Em caso de doença aguda com febre alta a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
- Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
- Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
- Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
- Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
- Os eventos adversos e a frequência com que ocorrem são semelhantes nas duas vacinas e devem-se principalmente ao componente pertussis. Estudo comparativo mostrou que as reações a estas vacinas foram significativamente menores quando comparadas com a vacina combinada contra pertussis de células inteiras (DTPw).
- Até 21% das crianças vacinadas experimentam reações no local da aplicação (vermelhidão, dor, inchaço); até 22% podem ter febre maior que 38ºC; e 1,9% pode ter febre a partir de 40ºC. Um por cento pode manifestar perda de apetite, vômito, irritabilidade, choro persistente e sonolência. De 0,01% a 1% pode apresentar convulsão febril e episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH); menos de 0,01%, problemas neurológicos (inflamação no cérebro, alterações de movimento), inchaço transitório nas pernas com roxidão ou pequenos sangramentos transitórios, e anafilaxia. Os eventos adversos são um pouco mais frequentes nas doses de reforço.
Onde podem ser encontradas:
Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e serviços privados de vacinação.
Pneumo 13
O que previne:
A vacinapneumo 13 (VPC13) previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos.
Do que são feitas:
Tratam-se de vacinas inativadas, portanto não têm como causar as doenças.
A VPC13 é composta de 13 sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo) conjugados com a proteína CRM197. Contém também sais de alumínio, cloreto de sódio, ácido succínico, polissorbato 80 e água para injeção.
Indicações:
- Para crianças a partir de 2 meses e menores de 6 anos de idade é recomendada a vacinação rotineira com VPC10 ou VPC13.
- Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.
- Para maiores de 50 anos e, sobretudo, para maiores de 60, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.
Contraindicação:
Crianças que apresentaram anafilaxia após usar algum componente da vacina ou após dose anterior da vacina.
Esquemas de doses:
VPC10 ou VPC13
- As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam, sempre que possível, o uso da VPC13, devido à proteção contra mais sorotipos.
- O Programa Nacional de Vacinação passou a adotar, em 2016, na rotina de vacinação infantil, duas doses de VPC10 com intervalo mínimo de 2 meses no primeiro ano de vida e uma dose de reforço aos 12 meses de idade.
- As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam a vacinação infantil de rotina com quatro doses da vacina VPC13: aos 2, 4 e 6 meses de vida e reforço entre 12 e 15 meses.
- Para crianças entre 1 e 2 anos e não vacinadas: duas doses com intervalo de dois meses.
- Para crianças entre 2 e 5 anos de idade:
- Não vacinadas: uma dose.
- Portadoras de doenças crônicas que justifiquem, pode ser necessário complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).
Crianças que começam a vacinação com atraso, após os 6 meses de vida, precisam que seus esquemas sejam adaptados de acordo com a idade de início. Crianças vacinadas com a VPC10 podem ser beneficiadas pela VPC13. A vacina deve ser administrada no mínimo dois meses após a última VPC10 e o númer de doses dependerá do recomendado para a idade em que a primeira dose de VPC13 for aplicada.
VPC13
- Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos com doenças crônicas que justifiquem a vacinação e ainda não vacinados: dose única. Em algumas situações, duas doses com intervalo de dois meses podem estar indicadas. Nesses casos, pode ser necessário complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23). Clique para saber mais.
- Para os maiores de 60 anos, recomenda-se de rotina complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).
Crianças menores de 6 anos que completaram o esquema de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde com a vacina VPC10 têm benefícios se tomarem mais uma dose da VPC13, o que aumenta a proteção contra a doença pneumocócica. O número de doses dependerá da idade em que a primeira dose de VPC13 for aplicada.
Via de aplicação:
Efeitos e eventos adversos:
- VPC13 – Em mais de 10% das crianças vacinadas ocorrem: diminuição do apetite, irritabilidade, sonolência ou sono inquieto, febre e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão, inchaço ou endurecimento). Entre 1% e 10% dos vacinados relatam: diarreia, vômitos, erupção cutânea, febre acima de 39°C. Entre 0,1% e 1% são acometidos por choro persistente, convulsões, urticária, reação local intensa. Raramente (entre 0,01% e 0,1%) ocorrem: episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) e anafilaxia.
- Em adultos, mais de 10% apresentam: diminuição do apetite, dor de cabeça, diarreia, erupção cutânea, dor nas articulações, dor muscular, calafrios, cansaço e reações locais (endurecimento, inchaço, dor, limitação do movimento do braço). Em 1% a 10% ocorrem vômitos e febre. Entre 0,1% e 1% dos vacinados relatam: náusea, alergia grave, gânglios no braço vacinado.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
- Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
- Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
- Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
- Recomenda-se evitar o uso profilático (sem a ocorrência de febre) de antitérmicos e anti-inflamatórios antes e nas 24 horas que seguem a vacinação.
- Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
- Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
- Os eventos adversos são mais frequentes quando as vacinas são aplicadas no mesmo dia que a vacina DTPw-HB/Hib.
Onde podem ser encontradas:
- VPC13 – Nos Centro de Referências para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e serviços privados de vacinação.
ROTAVIRUS PENTAVALENTE
O que previne:
Doença diarreica causada por rotavírus.
Do que é feita:
Vacina oral monovalente (VRH1) contém um tipo de rotavírus vivo “enfraquecido”, além de sacarose, adipatodissódico, meio Eagle modificado Dulbecco (DMEM) e água estéril.
Vacina oral atenuada pentavalente (VRH5) é composta por cinco tipos de rotavírus vivos “enfraquecidos”, sacarose, citrato de sódio, fosfato de sódio monobásico monoidratado, hidróxido de sódio, polissorbato 80, meios de cultura e traços de soro fetal bovino.
Indicação:
Bebês de 6 semanas a 8 meses e 0 dia. A primeira dose deve ser obrigatoriamente aplicada até a idade de 3 meses e 15 dias, e a última dose até os 7 meses e 29 dias.
Contraindicação:
Crianças fora da faixa etária citada acima; com deficiências imunológicas por doença ou uso de medicamentos que causam imunossupressão; com alergia grave (urticária disseminada, dificuldade respiratória e choque anafilático) provocada por algum dos componentes da vacina ou por dose anterior da mesma; e com doença do aparelho gastrintestinal ou história prévia de invaginação intestinal.
Esquema de doses:
- VRH1 – Para crianças a partir de 6 semanas de idade: em duas doses, com intervalo mínimo de quatro semanas. Esquema padrão: 2 e 4 meses de idade.
- VRH5 – Para crianças a partir de 6 semanas de idade: três doses, com intervalo mínimo de quatro semanas. Esquema padrão: 2, 4 e 6 meses de idade.
- Sobre ambas as vacinas – A idade máxima para começar a vacinação é 3 meses e 15 dias. Se houver atraso além dessa idade, a imunização não poderá ser iniciada. Da mesma forma, a idade máxima para a última dose é 7 meses e 29 dias.
Via de aplicação:
Oral.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
- Adiar a vacinação em bebês com febre moderada a alta (acima de 38⁰C) ou diarreia intensa, até que ocorra a melhora desses sintomas. Não há problema se a febre for baixa ou a diarreia de leve intensidade, sem provocar desidratação.
- Bebês de mães portadoras do vírus HIV podem ser vacinados se não tiverem sinais de deficiência imunológica.
- Não há problema em vacinar bebês que convivem com pessoas com deficiência imunológica.
- Não é preciso dar outra dose se o bebê golfar ou regurgitar após tomar a vacina.
- Não há recomendação para cuidados especiais com as fraldas após a vacinação, além da habitual lavagem adequada das mãos.
- Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
- Eventos adversos inesperados ou graves devem ser notificados.
Onde pode ser encontrada:
- VRH1 – Oferecida de rotina pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 2 a 8 meses de vida. Também pode ser encontrada nos serviços privaados de vacinação.
- VRH5 – Apenas em serviços privados de vacinação, para crianças a partir de 6 semanas a 8 meses de vida.
Efeitos e eventos adversos:
- VRH1 – Entre 2008 e 2010, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) colaborou com um estudo da vacina, no México e no Brasil. Em nosso país, verificou-se um pequeno aumento no risco de invaginação, na primeira semana após a segunda dose da vacina. Entre 2006 e 2012, no Brasil, 6,1 milhões de doses foram aplicadas, com apenas oito registros de casos de invaginação. A ocorrência é muito menor que o risco de hospitalização ou óbito decorrente de gastrenterite causada por rotavírus.
- VRH5 – Sintomas de gastrenterite ocorrem em menos de 10% dos vacinados. Nos Estados Unidos, de 2006 e 2012, foram aplicadas 47 milhões de doses da vacina. Nesse período, ocorreram 584 casos de invaginação entre três e seis dias após a primeira dose da vacina. Esse total é muito próximo da quantidade esperada em crianças não vacinadas, o que demonstra que o risco oferecido pela vacina é pequeno.
FONTE: SBIM